Soneto de uma âncora
- Marcelo F Carmo
- 7 de ago. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 7 de mai. de 2021

JÁ PENSEI ser uma planta
Mas tenho tido tão pouca vida
Que hoje sinto-me uma âncora
Há anos por aqui esquecida
Vês ou outra às águas baixam
Marinheiros mais atentos
Às vezes me enxergam
O que - às vezes - é um acalento
Às vezes à vista, surgem outras submersas
Crostas crescem nas minhas costas
Muitos me confundem com arrefices.
No fundo, no fundo; seguimos tristes!
Monturos de sal à mostra
Algas marinhas me cercam
Marcelo F Carmo
Comments