Paronomásias em poesia.

O SERTÃO é um SER TÃO distante que me custa — nele — acreditar.

Uma boa LIVRARIA de muitos males nos LIVRARIA.

PROMETEU muitas coisas PROMETEU.

LAMENTO muito, mas você está muito LAMENTO para entrar.

Fique calmo PASSAGEIRO, esse vento é PASSAGEIRO.

Atenção! Aqui na SEDE não se mata a SEDE.

Não IMPORTA aquilo que você IMPORTA! O que IMPORTA é você fechar à porta.

Em SUMA espero que, brevemente, tudo isso SUMA!

Nessa ERA, à humanidade já ERA!

Como me LIVRO deste LIVRO?

Esse VERÃO está tão quente que poucos VERÃO.

O meu COMPRIMENTO não mede minha educação, desde pequeno a todos CUMPRIMENTO.

Os DADOs foram lançados, mas o resultado não foi DADO.

Não precisa ter PENA, pra galinha, restaram ainda muitas PENAs.

O vento que sopra à VELA do barco é o mesmo que apaga à VELA do meu quarto.

O banqueiro disse: JURO por tudo que não exagero nos JUROs!

Toda MENTE, invariavelmente, MENTE.

NOTAS o quão novas estão estas NOTAS?

Não! Tudo isso que me COBRE não tem nada de ouro e tão pouco COBRE, minha cobertura é do mais fajuto latão.

Já tenho pouco GOSTO pelo GOSTO amargo de minha vida.

Uma vida que nada MUDA, faz da minha existência inócua e agora MUDA.

A vida é CURTA, não perca tempo, CURTA.

Já não CANTO mais, pois grande tristeza tem feito morada em meu CANTO.

SOLDADOS apáticos e inertes com os pés SOLDADOS ao solo.

Jogado ao SOLO em minha frágil aventura SOLO.

Pouco FUGAZ têm sido minhas FUGAS da vida.

Pra pagar meus CARNÊs tenho esfolado minha CARNE.

Marcelo F cARMO