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Vidas efêmeras

  • Foto do escritor: Marcelo F Carmo
    Marcelo F Carmo
  • 15 de dez. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 28 de fev. de 2021


Mais uma reflexão inspirada no “Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry, demorei tanto pra ler esse livro — minha amada sobrinha Luiza que me emprestou, nossa conexão pra sempre — e hoje vejo como é de grande profundidade, no capítulo que ele visita o planeta do geógrafo, em um momento da calorosa conversa, o estudioso fala da pouca importância dada à amada flor do pequeno príncipe utilizando esse termo: “Não anotamos as flores, pois elas são efêmeras.” Logo o menino ficou curioso por não saber o significado da palavra. Seguimos a partir do significado — está ameaçado de desaparecimento iminente (que ameaça se concretizar, que está a ponto de acontecer).

Pra mim e para aproximadamente

20.000 brasileiros a notícia que recebemos da medicina foi semelhante, fria, fatalista e insensível como a do geógrafo, pois para eles somos apenas mais uma flor entre as milhares, que pelos seus consultórios têm passado — apenas mais uma classificada entre às efêmeras das efêmeras.

Para à ciência médica somos apenas a flor do jardim do vizinho, tanto faz. Já pra quem nos ama somos aquela linda flor do jardim, que de repente, sem explicação, foi classificada como efêmera de primeira ordem. Seguimos assistindo o declínio do nosso jardim.


Marcelo F Carmo

06/11/2018

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