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tinder dragons

  • Foto do escritor: Marcelo F Carmo
    Marcelo F Carmo
  • 15 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

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Essa história que dragões não existem, só vale pra quem não conhece às quebradas de Carapicuíba. Por esta região eles são cultivados em cativeiros, mas também existem espécies nativas se desenvolvendo em seu habitat natural.

Com a evolução dos meios de comunicação, hoje facilmente um dragão se disfarça de princesa ou vice versa — príncipes/dragões. No Instagram, WhatsApp e Facebook; dragões não têm vez não. Ah! já ia me esquecendo do tinder, lá também é um grande habitat de dragões camuflados — não é uma experiência pessoal, tenho um amigo (não posso revelar o nome) que é um caçador — de sua perspectiva — e dragão — da perspectiva de quem, às vezes , responde os seus matches— voraz de princesas presas, que são suas prezas prediletas, em seus castelos pela internet —, quero narrar uma das aventuras desse caçador.

Em suas caçadas por um amor definitivo e um pouco verdadeiro fisgou uma preza no Facebook, conferiu no Tinder e o desfecho final foi pelo WhatsApp. Meu amigo oculto tem algumas marcas profundas deixadas pela vida — perdeu uma visão e na que sobrou tem uma série de limitações —, mas dentro do possível, ele tenta levar uma vida normal. Nesta sua investida, as redes sociais não foram suficientes para alertá-lo. Ele — teimoso com todas as evidências — se arriscou a um encontro de verdade, imaginem! — com pouca visão, à noite pelas ruas da Vila Lurdes - Carapicuíba, à procura de uma princesa! — deu um pouco errado, bateu o carro, mas como um bom caçador não intimidou-se, seguiu adiante encontrou o chuchuzinho — já era noite, o que favoreceu o dragão — e seguiu para o shopping. Lá chegando — ambiente bem iluminado — percebeu à cagada que tinha se metido. Por sorte o shopping já estava fechando, mas o espírito de caçador não lhe permite voltar pra casa sem uma preza. E foi aí que ele deu o golpe final, ao voltarem para o carro ele deu o golpe de misericórdia : “Posso lhe pedir uma coisa?” — o dragãozinho olhou com aquele olhar de espanto e pequenas fagulhas em sua boquinha; “Depende!” — e o caçador cheio de instintos e desejos:”Posso lhe dar um beijo?” — ela olhou para o relógio em seu curto bracinho esquerdo e respondeu indignada: “Preciso chegar cedo em casa!”

E dessa vez o caçador voltou pra casa BV — o destino o salvou, mas como todos os humanos, não entendeu o livramento e seguiu frustrado com à vida — e bloqueado no WhatsApp por sua preza. Mas, dentro do possível, segue na luta com suas arapucas armadas, à espera de semi-princesas e sem desprezar um ou outro dragãozinho que aparecer.


Marcelo F Carmo


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