Leitores invisíveis
- Marcelo F Carmo
- 8 de jan. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 21 de mar. de 2020
Quem lia sistematicamente tem sido, sutilmente afetado, mas os leitores eventuais, esses tem sido aniquilados. Aquelas leituras em salas de espera, trem, número dois e etc. Essas foram totalmente substituídas pelos celulares, os otimistas dirão: mas existem e-books! Não sou tão otimista assim, as pessoas seguem lendo e escrevendo, apenas em seus nichos sociais, dificilmente há uma troca de mensagens fora desses núcleos, o que dificulta muito a ampliação de vocabulários e a apresentação das variadas formas de organização de textos; crônicas, poesias, prosa e etc.
O smartphone veio para ficar, cabe a nós usuários, o lado racional dessa relação, determinar limites razoáveis para esse, inseparável, companheiro. Ler no celular é conviver com a constante ameaça de uma nova notificação, o celular vibrou ou tocou, já era, a concentração foi pro espaço, livros ou revistas tiram essa ameaça de nossas vistas. Ler sem ansiedade e concentrado, continua sendo uma das mais ricas oportunidades de ampliar nossos horizontes.
Marcelo Ferreira do Carmo
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