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Meu cinema

  • Foto do escritor: Marcelo F Carmo
    Marcelo F Carmo
  • 1 de abr. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 13 de jan. de 2021


Minhas pálpebras são à tela que sutilmente descem e apresentam minha grande sala escura. Tudo pronto, já já o curador e também projetador; o meu cérebro— entra em cena e inicia mais uma sessão no cinema de um homem só. Como não durmo mais à tarde, minhas sessões, invariavelmente, são noturnas e com pequenos rastros pela madrugada.

O mesmo cérebro que projeta a dor, não é capaz de ser dela um curador?! Calma! — não estou me contradizendo —, Ativo na curadoria (escolha) e inativo no curandeirismo (cura). O máximo que ele tem conseguido! — é ludibriá-la. ‘O que segue em cartaz, nos longas e curtas metragens de minha vida, são as catástrofes. Hora ou outra, até tenho tido uns filmes padrão sessão da tarde, mas no geral é só cine trash o que têm rolado. A estratégia tem sido contar com o esquecimento, mas se tudo vem do mesmo projetador, como fazer para esquecer? Têm coisas que, simplesmente não podem ser deletadas — os sofrimentos são rígidos —, duros de serem esquecidos. Meu disco rígido também não pode ser formatado. O que dá pra fazer é aceitar a condição de renegado e ficar de olho na telona até o The End!


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