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Jejum

  • Foto do escritor: Marcelo F Carmo
    Marcelo F Carmo
  • 5 de abr. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de out. de 2020


Taí uma palavra que me causa certo ‘frisson’, mas confesso, tentei exercitar minha humildade— o que não é algo tão fácil e sincero de se praticar —, mas tentei, fui pesquisar à etimologia da palavra. Olha o que achei: do Latim JEJUNUS, “seco, vazio, sem nada”.

Diante da nossa atual realidade, acho que vocês estão certos, a palavra realmente é adequada para o momento: seco, vazio e sem nada. Esta ideia de jejum se encaixa perfeitamente ao nosso mundo; seco de amor verdadeiro, vazio de compaixão e solidariedade; sem nada de bondade e caridade com seus semelhantes (pra uma parcela significativa da humanidade, mas existem exceções, ainda bem). Com algumas adequações, o jejum que vocês propõem vem muito bem á calhar!

O outro sentido, eu realmente não acredito e tão pouco tem algum sentido. Pois partindo do pressuposto que exista um deus e ele está vendo toda essa angústia, tensão e dores, pra muitos. Qual é o sentido de, aumentando seu sofrimento individual, o que não seria um “SOOFRIMENTO” de grande magnitude, já que grande parte da humanidade é desassistida economicamente e portanto, tem vivido em um jejum permanente há séculos? E não há nenhuma evidência que eles tem sido ouvidos e tão pouco agraciados por nenhum dos deuses que tenho ouvido falar.

Deixemos de hipocrisia, você adiando suas três, seis ou sei lá quantas refeições tem á sua disposição! Não vai amolecer o ‘coração’ de deus, isso é, se ele tem! Pois se ele está vendo todo esse arregaço no mundo e ficar sensibilizado com a sua fominha! - péra aí !? Não venha com estas falácias, a sua fome ou angústia não são tão importantes assim!

Vamos combinar um jejum de hipocrisias e falácias. Estes sim tem capacidade de fazer deste mundo, um lugar mais agradável e justo, pressupondo que exista justiça nele ou em qualquer outro canto, o que me custa acreditar que exista! Façamos desse que é real, um cantinho suportável para passarmos esses últimos dias.


Marcelo F CARMO

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