Corrida de saco
Sacos de farinha
Usados em padarias
Umas crianças dentro
E tome-lê pulos,
Não caiu!
Grande chance
de ser campeão.
Cansado ou saco furado?
Plano mudado,
Íamos jogar taco.
Adaptação de golfe,
com tacos e bola,
únicas semelhanças,
por aqui não havia
nenhum glamour ou elegância.
À bola quase sempre sumia.
Sem bola, íamos para os ares;
Sim o paraquedas!
Uma obra de engenharia;
Uma lata de óleo ou tinta,
saco plástico e uma pedra,
Cobrir a lata com plástico
E raspar com a pedra,
Círculo perfeito
Três pontos de linha
Uma madeirinha
Paraquedas enrolado
numa pedra guia,
Girando é claro!
Lançamento perfeito
Torcida para cair
no nosso quintal,
Lançamentos calculados,
mas às vezes
caíam do outro lado.
Paraquedas perdido
Bola de sabão era o objetivo
Gotas de detergente,
Na minha casa,
Era como conseguir
Um cavalo com asas,
Praticamente impossível,
Adaptava com caldo
De sabão em pedra,
Sim, já existiu sabão assim!
Soprávamos bolas de sabão
Até acabar a munição.
Vixe, acabou o sabão!
Tinha o bilbôque,
Esse era de matar!
Tirávamos a parte interna
De um pilha Everedy,
Do gato preto,
Esvaziava sem medo.
Ou lata de massa de tomate
Do elefante.
Uma cordinha,
Uma madeira e pronto!
Encaixar a pilha oca
Na madeira.
Depois dessa contaminação
com metais pesados de primeira,
tomar banho pra dormir,
banho rápido,
pouca água consumir.
Essas eram algumas das nossas,
ingênuas e criativas brincadeiras.
Marcelo F Carmo