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  • Foto do escritorMarcelo F Carmo

Infância sem apelo

Atualizado: 16 de fev. de 2021


Corrida de saco

Sacos de farinha

Usados em padarias

Umas crianças dentro

E tome-lê pulos,

Não caiu!

Grande chance

de ser campeão.

Cansado ou saco furado?

Plano mudado,

Íamos jogar taco.

Adaptação de golfe,

com tacos e bola,

únicas semelhanças,

por aqui não havia

nenhum glamour ou elegância.

À bola quase sempre sumia.

Sem bola, íamos para os ares;

Sim o paraquedas!

Uma obra de engenharia;

Uma lata de óleo ou tinta,

saco plástico e uma pedra,

Cobrir a lata com plástico

E raspar com a pedra,

Círculo perfeito

Três pontos de linha

Uma madeirinha

Paraquedas enrolado

numa pedra guia,

Girando é claro!

Lançamento perfeito

Torcida para cair

no nosso quintal,

Lançamentos calculados,

mas às vezes

caíam do outro lado.

Paraquedas perdido

Bola de sabão era o objetivo

Gotas de detergente,

Na minha casa,

Era como conseguir

Um cavalo com asas,

Praticamente impossível,

Adaptava com caldo

De sabão em pedra,

Sim, já existiu sabão assim!

Soprávamos bolas de sabão

Até acabar a munição.

Vixe, acabou o sabão!

Tinha o bilbôque,

Esse era de matar!

Tirávamos a parte interna

De um pilha Everedy,

Do gato preto,

Esvaziava sem medo.

Ou lata de massa de tomate

Do elefante.

Uma cordinha,

Uma madeira e pronto!

Encaixar a pilha oca

Na madeira.

Depois dessa contaminação

com metais pesados de primeira,

tomar banho pra dormir,

banho rápido,

pouca água consumir.

Essas eram algumas das nossas,

ingênuas e criativas brincadeiras.


Marcelo F Carmo

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