Cortar os cabelos nem sempre foi uma tarefa fácil e acessÃvel a todos. Nos anos 80 éramos três meninos cabeludos e cabeçudos que tinham os cabelos crescidos rapidamente e na mesma época, o que gerava um gasto significativo para o — frágil — orçamento familiar. Minha mãe desenvolveu uma estratégia barata, mas com eficiência contestável, no centro de Osasco — cidade próxima uns 20 km daqui — existia um grande número de escolas de cabeleireiros, nessas escolas pagava-se um valor irrisório e tinha-se o direito de emprestar seus cabelos à cabeleireiros em formação — sem se mexer muito na cadeira. SaÃamos de lá com os cabelos curtos e à cabeça — virtualmente — menor, mas com relação à simetria e harmonia, esquece, era exigir muito.
A economia era evidente, já à harmonia no penteado ficou adiada para quando pudemos escolher um profissional formado e experimentado. Mas já estão acabando esses tempos, pois em nossa famÃlia, os cabelos têm prazo de validade — filhos do ‘Gerardo.’
Marcelo F cARMO