Desde crianças somos apresentados a desenhos animados, os mais jovens a animações digitais, envolvendo esqueletos humanos e de outros animais, nos acostumamos a vê-los em movimento, de pé sustentando o próprio peso (parece simples? Mas não é!), falando, comendo e bebendo água. Isso nos leva a um entendimento simplificado do funcionamento do corpo humano, acreditando que os ossos são à estrutura fundamental para nos manter de pé e em movimento. Um esqueleto comendo e bebendo sempre me pareceu forçado, agora com relação aos movimentos até que era aceitável, recentemente, precisamente em 2014, de repente, sem explicação e histórico médico na famÃlia, fui apresentado à verdadeira forma de funcionamento do corpo humano, pois uma parte do meu começou apresentar falhas pouco conhecidas pela medicina, fui apresentado aos Neurônios Motores e com à péssima notÃcia que os meus estavam morrendo!
E aà você me pergunta: o que isso tem a ver com os esqueletos? Simplesmente tudo, pois esses Neurônios Motores são o elo entre o Sistema Nervoso Central (parte do corpo humano pouco conhecida pela Ciência) e os músculos do nosso corpo responsáveis por tudo que fazemos em nosso cotidiano.
Essa falha dos Neurônios Motores pouco conhecida e pesquisada pela Medicina Mundial recebe a classificação de DNM (doença dos Neurônios Motores) ou ELA ( Esclerose Lateral Amiotrófica), classificada como doença rara apresenta a incidência de 6 indivÃduos à cada 100 000.
Com o passar dos anos, o indivÃduo acometido por esse mal vai perdendo à capacidade motora e atividades simples como ficar de pé, beber um copo d’água, coçar seu corpo, etc; tornam-se impossÃveis.
Cada corpo reage de uma maneira, uns começam pelos pés , outros mãos e braços, uns sobrevivem 5 anos, outros 10 e até mais anos, hoje não temos o que fazer para mudar à nossa situação e também não há o que dizer para que pessoas saudáveis minimizem os riscos de desenvolver essa doença.
Continuo à espera de dias melhores, dias em que observar esqueletos correndo e gritando nos desenhos e animações, não me remetam a essa terrÃvel doença.
Marcelo F Carmo
30 de julho de 2018