Era uma vez um escritor que escreveu algumas crônicas e poesias — que foram condensadas num livro — e nunca pôde autografá-los! “Mas a vida é assim mesmo, alguns morrem antes de concluir seus projetos!” — “Isso é verdade” — “Mas esse escritor não morreu!” — totalmente. Vamos as apresentações: prazer em conhecê-los, sou Marcelo F Carmo, o escritor que ainda escreve — graças à tecnologia do bloco de notas de um smartphone — alguns devaneios literários. E não os posso autografar e nunca poderei fazê-lo, pois algumas circunstâncias da vida, não mudam, pra melhor, é claro! Assim como eternizou o grande poeta Criolo “Aqui o elevador só desce, o demônio é meu sócio “ — essa é a realidade deste amargo poeta.
Quando decidi escrever algo — ou melhor, não decidi nada, escrevi para desabafar minhas angústias — já não podia segurar uma caneta e tão pouco digitar em um PC. Tudo que produzi foi usando o pequeno teclado de um smartphone com meus polegares pendurados na ponta de braços caóticos — o esquerdo durou mais.
Não há nenhum mérito ou heroísmo em tudo que escrevi — não tinha opção —, pois foi à literatura que me salvou da loucura. Ainda — em 2020 — sigo escrevendo, mas sei que as coisas vão piorar, se minha história — brevemente — não cessar. A certeza é que, nesse tipo de história, só há um final possível e saber que tem fim — ufa! — é um grande alívio.
Marcelo F Carmo