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XXXII - Hilda Hilst

  • Foto do escritor: Marcelo F Carmo
    Marcelo F Carmo
  • 30 de dez. de 2019
  • 1 min de leitura


Por que me fiz poeta? Porque tu, morte, minha irmã, No instante, no centro De tudo o que vejo. No mais que perfeito No veio, no gozo Colada entre eu e o outro. No fosso No nó de um íntimo laço No hausto No fogo, na minha hora fria. Me fiz poeta Porque à minha volta Na humana ideia de um deus que não conheço A ti, morte, minha irmã, Te vejo.
Hilda Hilst

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