Terceira guerra mundial
- Marcelo F Carmo
- 28 de mar. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 3 de mar. de 2021

Assim como na primeira guerra mundial, em que não se sabia que seria chamada assim. Pois temos essa fraqueza em acreditar no abafamento de nossas maldades. Muitos chamaram esta guerra, de; ‘ a guerra que mudaria o mundo’- e pra melhor -, é claro! Com o passar do tempo, ficou batizada como a primeira mesmo, já que depois de duas décadas, fomos capazes de apresentar a segunda temporada da série, por nós criada: “Guerras Intolerantes guerras.” Portanto chamar nossa fase atual de terceira guerra mundial - não é nenhum exagero -, pois certamente, os que sobreviverem, não criarão uma sociedade igualitária - o que diminuiria as probabilidades de novas guerras. A contagem de guerras segue aberta. Vamos discutir melhor essa terceira guerra mundial em alguns parágrafos abaixo. Sigamos a ordem cronológica.
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A Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Foi um conflito de abrangência global, mas preponderando as maiores batalhas na Europa. Diante de vários problemas que atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra. Mais uma vez a busca pelo poder, através de um domínio territorial; Alemanha e Itália encabeçando os insatisfeitos, isto contribuiu para fomentar a grande guerra, O estopim do conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As batalhas tiveram preponderância em território europeu, mas o fato dos grandes impérios; França Reino Unido e Rússia - serem detentores de inúmeras colônias espalhadas pelo mundo - a guerra acabou expandindo para outras partes. Sendo o maior massacre e destruição no continente europeu. Guerra marcada pelo uso de trincheiras, a invenção de lança-chamas e bombas de gás lacrimogênio, estratégias para tirar inimigos das trincheiras úmidas e infestadas de ratos.
Em 1917, ocorreu um fato histórico de extrema importância: a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado Rússia, França e Reino Unido, pois haviam acordos comerciais à defender, principalmente com à Inglaterra. Alemanha e Itália, foram vencidas, sendo que os italianos viraram à casaca. E os germânicos não engoliram de bom grado tal rendição.
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A Segunda Guerra Mundial estendeu-se de 1939 até 1945, resultando na morte de 60 milhões a 70 milhões de pessoas, embora existam estatísticas que sugiram que a guerra provocou mais que 70 milhões de mortos. O conflito teve como estopim a invasão da Polônia pelos alemães em 1º de setembro de 1939. Se espalhou pela África, Ásia e Oceania e contou com o envolvimento de nações de todos os continentes, inclusive o Brasil. Pode ser organizada em três fases distintas: a fase da supremacia alemã; a fase em que as forças estavam equilibradas e a fase que marcou a derrota do Eixo. Os grupos que se enfrentaram na guerra foram os Aliados (Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos) e o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Esse conflito ficou marcado por uma série de acontecimentos impactantes, tais como o Holocausto e o lançamento de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki no Japão, uma retalhação contra o ataque de Pearl Harbor e uma demonstração de poder bélico dos americanos para os russos. Novamente os alemães foram derrotados e à Itália mudou de lado novamente.
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Chegamos em 2020, terceira guerra mundial, e hoje o inimigo é invisível. Todas as nações estão suscetíveis a esse ataque. Vejo semelhanças nos métodos usados pelo nosso atual inimigo; estamos isolados em nossas trincheiras, os ataques vem do front e retaguarda (biológica e econômica), água e comida (ele tem bloqueado), pressão psicológica (nos sentimos covardes por ficar na trincheira), descobrimos que as fragilidades são maiores que as certezas.
Esse inimigo deixou evidente o mundo desigual em que vivemos depois de duas guerras mundiais, o que se vê? - um mundo que segue favorecendo indivíduos e nações que detém mais poder -, poder é sinônimo de riquezas.
Temos a frente um inimigo que ameaça nos aniquilar de uma forma ou de outra. Hoje dependemos, ainda mais, de uma boa articulação política para amenizar os impactos da passagem deste inimigo. E estamos vendo (alguns seguem cegos) que talvez, não tenhamos feito as melhores escolhas, ou até mesmo, concluímos que não tínhamos essas escolhas!
O que podemos fazer agora é ficar quietinhos em nossas trincheiras, lendo, ouvindo boas músicas, ouvindo notícias confiáveis e entendendo que nem todos tem uma trincheira como à nossa, parte da tropa segue em trincheiras úmidas, escuras e infestadas de ratos (lembre da primeira guerra mundial); sem nenhuma ou quase nenhuma esperança de que chegarão suprimentos enviados pelo capitão.
Marcelo F CARMO
Bibliografia:
Primeira e segunda guerras mundiais; Canal Nostalgia YouTube; Felipe Castanhari
1 ARARIPE, Luiz de Alencar. Primeira Guerra Mundial. In.: MAGNOLI, Demétrio (org.). História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2013, p. 332. 2 HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 33.
https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/historiag/primeira-guerra.htm
Por Daniel Neves
Graduado em História
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