Qual o entendimento?
- Marcelo F Carmo
- 18 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de jan. de 2021
Tá difícil acreditar que exista um único deus e com estes três adjetivos tão controladores — onipotente, onisciente e onipresente — e que jamais falha, ainda menos. E essa “crentáiada lunática” só piora Sua representação por aqui. Se deus é a favor da vida! Seria razoável que — quase — todas as vidas tivessem o mesmo valor, o que já está muito comprovado — pela história — que nunca existiu tal equidade, isso desde o surgimento da humanidade. E sei que sempre foi assim, nenhuma das crenças apresentadas até hoje, tem uma razoável justificativa para acreditar em um comandante geral com estes três adjetivos — ONIthree — e ainda justo! Muito menos. Faz um tempinho que acordei de minhas ilusões pseudo-espirituais, estou até chato, mas só posso escrever minhas inquietações. Se não quiser chatear-se por ler uma opinião difusa do que se repete por esse Brasil cristão — recheado de hipocrisia e com generosa cobertura de moralidade imoral — pare à leitura por aqui. Se escolheu seguir, pense comigo! Novamente, sei que quem quer ter e manter uma fé inabalável, não pode pensar em equidade — quem atenta para à desgraça alheia, às vezes acorda —, às injustiças sempre existiram e sempre — não parece que nada vai mudar —existirão. Mas sigamos com minha inquietação do dia, estamos no ano 2020 o mundo foi assolado por uma pandemia — COVID 19 — o Brasil já está entre os países com mais vítimas, no governo do país um lunático com sobrenome messias — o segundo salvador — que tem posto a sanidade mental de parte da população à prova. Estamos em uma (falsa) quarentena. Ontem os telejornais noticiaram um acorrido terrível — no ponto de vista moral e mais ainda existencial —, mas tratando de seres humanos, infelizmente, é um evento recorrente. Uma criança de 10 anos sofreu violência sexual —por parte de um parente próximo — está grávida, um crime inenarrável. Diante de tamanha violência, pouco pode-se agir para minimizar o trauma sofrido pela criança e tentar — parcialmente— restaurar essa frágil vida, uma das possibilidades jurídicas é à interrupção dessa gestação. Aí os crentes fazem um estardalhaço dizendo que à interrupção da gravidez — involuntária e violenta — é um pecado segundo às premissas de um cristicinismo imoral. Péra aí! Se deus não protegeu à criança de 10 anos — de tamanha violência —, como agora vamos acatar vossas pseudo-leis repetidas por humanos oportunistas e cegos? Pô deus! se tu é mesmo real, têm suas qualidades e defeitos — a perfeição não é natural nem pra ti —, como entender esses seus representantes rezando na porta de um hospital contra o aborto, enquanto estupradores seguem fazendo novas vítimas por aí? E o João de Deus— quarenta anos — estuprando mulheres e cobrando por isso, em vosso nome?
E aí senhores deuses — respeitando à diversidade de possibilidades, achei mais adequado usar o plural —, qual o argumento? Qual vida importa?
“A tentativa de trazer o céu para a terra invariavelmente produz o inferno.“
Marcelo F Carmo
Comments