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Os arautos negros

  • Foto do escritor: Marcelo F Carmo
    Marcelo F Carmo
  • 21 de jun. de 2020
  • 1 min de leitura


“Há golpes na vida, tão fortes… Não sei!

Golpes como o ódio de Deus; como se diante deles

A ressaca de todo o sofrido

Encharcasse a alma…

Não sei!

São poucos;  mas são…

Abrem valas escuras

 no rosto mais duro e no lombo mais forte.

Serão talvez os potros de bárbaros átilas;

ou os arautos negros que nos manda a morte.

São as quedas profundas dos Cristos da alma,

de alguma fé adorável que o Destino blasfema.

Esses golpes sangrentos são as crepitações

de algum pão que nos queima na  porta do forno.

E o homem… Pobre… pobre! Volta os olhos, como

quando por cima do ombro nos chama uma palmada;

volta os olhos loucos, e todo o vivido

se empoça, como charco de culpa, na mirada.

Há golpes na vida, tão fortes… Não sei!”


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