Brumadinho e eu
- Marcelo F Carmo
- 28 de jan. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 17 de mar. de 2021
Brumadinho e eu, o que temos em comum? Estou fisicamente tão distante desta tragédia, mas indiretamente minha tragédia pessoal se conecta com Brumadinho. Imagens, sons e cheiros, têm essa capacidade de marcar eventos especiais e também traumáticos. Ano passado estava em um hospital, no dia da tragédia da barragem em Brumadinho, depois de uma crise mais agudas de dores no quadril, fui para o hospital São Camilo, achei que tinha uma certa convicção que era o fim desse sofrimento, me enganei, conclui que não existe ajuda médica para alguns casos — ELA está nesse grupo —, o melhor é se manter longe deles, essa experiência mostrou que, à insensibilidade humana e o capitalismo não têm limites — médicos mercenários da pior espécie que já vimos.
Não me desfiz da lama e das dores, tenho me suportado, pois é o que há, hoje sou e estou pior que há um ano, esse um ano a mais levou músculos, neurônios motores e todo e qualquer resquício de fé. A ilusão é mais confortável que à razão, essa é a minha conclusão.
Marcelo F CARMO
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