Um balão em plena ascensão,
sempre me chamou atenção,
lá na infância
já achava espetacular,
depois de crescido,
aí pude, mais afundo, estudar
e esse fenômeno físico,
seguiu me seduzindo.
O mundo molecular
E suas válidas teorias
São de extrema valia.
As moléculas de ar
Tendem a, velozmente,
se agitarem,
nessa troca calor
gera-se uma rápida expansão
aumentando o volume do ar.
Tratando de grandezas inversamente proporcionais
A densidade cai
E assim o balão,
para o céu vai.
Minhas experiências infantis
Não eram refinadas assim,
sou da época das avícolas,
as galinhas eram escolhidas vivas.
A higiene era algo supérfluo,
embrulha-se as aves, em jornais.
Assim li meus primeiros versos.
Mas o jornal tinha usos diversos.
Fazíamos o nosso Balão Galinha!
Um semi quadrado
Unindo às quatro pontas,
hoje sei que são vértices.
Dando aquela enroladinha,
nos vértices pontinhas.
Aquela vedação mequetrefe
E fogo na galinha,
importante acender
às quatro pontas simultaneamente
e da mesma forma do balão original,
o ar aprisionado é aquecido
e fica mais leve,
convecção térmica
assim o Balão Galinha sobe,
até o vento destruir
às cinzas que o ar quente envolve.
Hoje tenho convicção
que esse
é o fenômeno térmico,
convecção,
Mas na infância,
era só o nosso espetacular balão.
Marcelo F Carmo