Baile da trigonometria
- Marcelo F Carmo
- 11 de dez. de 2019
- 1 min de leitura
Atualizado: 11 de mar. de 2020
Veio triângulo de todo lado,
mas não entrava todo mundo,
uns foram no baile barrados!
Só triângulos retângulos,
Foram convidados.
Forró universitário,
era o que tocava!
Triângulos tocando triângulo,
sanfona e até gaita.
Simpáticos catetos
e lindas hipotenusas dançando.
Tinham adjacentes de terno,
opostos de jeans
e hipotenusas
com brilhantes blusas
A festa foi esquentando
E os casais se formando
O Cateto oposto e a hipotenusa gritaram:
- Nós estamos seno,
o casal mais bonito do baile!
Logo apareceu outro casal, pleiteando os holofotes, um
Cateto adjacente, quarentão, e uma jovem hipotenusa:
- Nós cosseno!
Logo ouviu-se um estrondo
E surgiu, no centro do salão,
um casal dançando freneticamente,
Eram dois jovens catetos,
Um oposto e um adjacente,
Todos olharam aquele casal diferente,
E logo eles gritaram, de forma uníssona:
- Ops, somos tangente!
Ai alguém gritou:
- Estamos na mesma cena,
não esqueçam do nosso Teorema!
- Qual?- perguntou um cateto desatento.
- O Teorema sem mágoas,
do inquestionável Pitágoras! - respondeu alguém na multidão geométrica.
Já no final da festa chegou um grupinho menos conhecido,
galera de pouca conversa, sim, são eles: secante, cossecante e cotangente. As razões trigonométricas inversas.
- Aumente o som! - gritou o casal secante, praticamente um cosseno invertido.
O som seguiu madrugada adentro, tocava-se muito forró ângulos e rock radianos.
Marcelo F Carmo
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