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  • Foto do escritorMarcelo F Carmo

Ainda existe ética!

Atualizado: 1 de nov. de 2020


Vamos começar pela etimologia e significado moral e social da palavra —ética originou-se do grego "ethos", que significa modo de ser, costume ou hábito — esse termo reflete o caráter e a natureza de cada indivíduo enquanto forma de vida adquirida ou conquistada.

Provavelmente, os conceitos relacionados à ética surgiram pela convivência do ser humano em sociedade, como forma de balizar o comportamento das pessoas para o bem-estar e a segurança do grupo.

Com o passar do tempo, foram criadas leis para inibição de comportamentos muito negativos, como roubos e assassinatos, e estabeleceram-se penalizações para comportamentos considerados prejudiciais à sociedade.

Quero focar na ética, dita ética profissional — mesmo não acreditando nessa desvinculação pessoal e profissional, quem é é e ponto!— mas a necessidade e a dependência do trabalho, acaba criando máscaras éticas, a opressão no proletariado influência na ética do indivíduo que não as têm consolidadas em vossas entranhas. Muito se é dito em ética na gestão publica; “Não existem políticos éticos! É tudo um bando de corruptos! Esse país não tem gente ética!” Estas são algumas das frases repetidas há séculos, mas não se pode desvincular os representantes dos representados — todos os políticos são criados pela mesma sociedade, à maioria das vezes pertencentes às mesmas castas, mas ainda assim, partilhamos de valores ou desvalores sociais — e essas relações de poder (grandes e nem tão grandes) muitas vezes, trazem à tona um ser desconhecido por nós mesmos —dificilmente respondemos com exatidão sobre nossas respostas éticas, ante a situações não vividas — e as suposições sobre o nosso eu, invariavelmente, nos colocam em patamares inabaláveis.

Mas acreditem! — ainda existem pessoas éticas— e ocupando cargos públicos, o que é uma boa notícia!

Recentemente aqui em minha rua, numa ocorrência policial, que não sei à natureza, e tenho me esforçado pra manter uma ética social e não ficar falando de vidas alheias, me contive. Mas ouvindo relatos do ocorrido, ouvi que o vizinho da casa da frente, não conseguiu controlar vossa curiosidade — e às luzes das viaturas causam este desconforto em algumas pessoas — e indagou um dos policiais militares que atendia a ocorrência:

- Boa noite senhor, que está acontecendo? — abordagem típica de Zé Povinho.

- Meu senhor! não há nada para ser informado a cidadãos não envolvidos na ocorrência, o senhor pode voltar para o interior de vossa residência. — respondeu o policial ético e consciente de suas atribuições profissionais.

Um grande exemplo ético de um agente público do estado. O que trás um fio de esperança. Ainda existem seres éticos destilando bons exemplos ao Brasil. Parabéns senhor policial militar não identificado — escolheu ter uma postura ética —, faço desta crônica uma singela homenagem a todos os agentes públicos éticos desse Brasilzão sem porteira.


Marcelo F Carmo

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