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  • Foto do escritorMarcelo F Carmo

Viver é aprender morrer

Atualizado: 18 de abr. de 2021


É isso — uma escola —, somos matriculados ao nascer e neste instante já está sendo contado . O tempo que se gasta na formação — ou preparação — para a inevitável, inexplicável e imprevisível formatura, possibilidades variadas estão a disposição, mas não se pode escolher — só morre quem nasce, esta é a questão fundamental. As formas de conclusão do curso de formação para a morte — a vida. Uns tem o privilégio de contarem com pais amados e cuidadosos como seus primeiros professores, mas não é uma regra, alguns já iniciam o curso com professores substitutos — o que muitas vezes é até mais confortável. Pra quem passou esta fase, tem a adolescência — um momento que pouco se pensa na formatura, tem se a impressão que a vida é uma eterna recuperação —, uns já avistam a conclusão do curso nessa fase — angústias e sofrimentos da vida, não obedecem nenhuma regra, o GRAAC e AACD são alguns exemplos —, mas acredito que boa parte vive aqui a ilusão da eterna recuperação.

Vencida mais uma etapa, o curso segue se aprimorando em angústias e medos daquilo que é a nossa única certeza — homens e mulheres são expostos a riscos diferentes, mas sempre há riscos —; a morte.

Algumas matérias são mais difíceis que outras — principalmente aquelas desagradáveis, as que deixam o aluno semi-vivo —, escolhas randômicos, não se tem nenhuma explicação plausível — para os matriculado na dor quase nada alivia a angústia de tão dolorosa formação —, quem vê pouco essas dolorosas angústias, quase nada entende dessas fases devastadoras — e aqui o plural é ainda mais devastador, pois sofreu uma vez uma angústia profunda! não há nada que garanta isenção de matérias ainda mais difíceis — nesses casos vale mais não opinar.

Portanto, tem algumas fases que, saber que o final do curso é a morte, é um grande alívio. Pois longevidade sem qualidade! Mostra ser uma grande merda!

A hora do recreio passa tão rápido. É sempre assim — o que é bom passa e a gente nem vê — e só percebemos quando já bateu o sinal!


Marcelo F Carmo

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