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Soneto LXXXIX

  • Foto do escritor: Marcelo F Carmo
    Marcelo F Carmo
  • 11 de mar. de 2021
  • 1 min de leitura

QUANDO eu morrer quero tuas mãos em meus olhos

quero a luz e o trigo de tuas mãos amadas

passar uma vez mais sobre mim seu viço:

sentir a suavidade que mudou meu destino.

Quero que vivas enquanto eu, adormecido, te espero,

quero que teus ouvidos sigam ouvindo o vento,

que cheires o amor do mar que amamos juntos

e que sigas pisando a areia que pisamos.

Quero que o que amo continue vivo

e a ti amei e cantei sobre todas as coisas,

por isso segue tu florescendo, florida,

para que alcances tudo o que meu amor te ordena,

para que passeie minha sombra por teu pelo,

para que assim conheçam a razão de meu canto.

Pablo Neruda

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