Estava ouvindo um som no Spotify antes do banho e fui surpreendido pelo tema de abertura do Bigbiker Cup (prova de mountainbike no Vale do Paraíba -SP), Fear of the dark-Iron Maiden, inevitavelmente veio uma tristeza, rapidamente contive as lágrimas trocando o som no modo aleatório e veio: Hear Me Now-Alok e Bruno Martini, choro cortado na hora! Essa situação trouxe lembranças desse esporte fascinante. Dizer que pratiquei esse esporte seria leviano, vivi intensamente por 15 anos da minha vida, junto com minha esposa e filhos na equipe de apoio e logística, rodamos alguns milhares de quilômetros pelas trilhas de SP e MG, sempre imaginei levar essa prática por muitos e muitos anos.
Não foi da forma que pensei, a partir de 2014 fui sentenciado a não praticar esse esporte e todas as outras atividades que o corpo humano necessite de força muscular, ou seja, gradativamente e com uma velocidade impressionante, todos os movimentos imagináveis para o corpo humano, fui retirado da vida dos que se movimentam, hoje cumprindo prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica, condenado, sentenciado, segundo a medicina, última instância, não cabe mais recurso!
E agora? Fácil e agradável seria escrever que estou tranquilo e cheio de fé à espera do melhor de Deus para minha vida! Sinceramente estou muito decepcionado com a vida, com tudo que ouvi e com aqueles que se apresentaram como “mensageiros do Senhor Deus”, infelizmente tudo que foi dito não passou de especulação humana, à única profecia que se materializou foi a do neurologista que fechou o diagnóstico:”Prepare-se! Dias piores virão”! Essa podia ter dado errado!
Permaneço **batendo lata por aqui, acreditando que essa “lata” pode passar.
** Batendo Lata ( origem do”bicicletês” linguagem originária dos praticantes de mountainbike de Jandira e Região), significa cansaço extremo, fadiga, etc.
Marcelo F Carmo