Maléfica

Existe algum propósito?

Nada parece óbvio,

nesse papo de propósitos!

Não vende no depósito,

a finalidade foge aos olhos.

Oh vida! - parece de propósito!

Um corpo inóspito

difícil de habitar

e muito menos;

vida plena cultivar.

Já que em alma

custei acreditar,

foi só mais uma ilusão,

mas também,

custei pra desacreditar.

A negação do corpo

Deixou de em mim habitar.

Meu Niilismo.

Esperança jás um inacessível porto.

A vida têm esses hábitos

Que não é nada apósito

Abalou onde habito!

A âncora pesa

em minha abita.

Me puxa para o fundo.

O que veio dos púlpitos,

chega ser,

pra racionalidade,

um insulto!

Os cambitos

Frágeis e moídos

Finos como de um sibito.

A minha queixa é indébita!

Pois a vida é,

invariavelmente,

maléfica.

Marcelo F CARMO