Mais um ditado por ELA anulado
- Marcelo F Carmo
- 9 de nov. de 2020
- 1 min de leitura
“Quem é vivo — nem — sempre aparece.” O “é vivo” do ditado, hoje me soa muito estranho, pois ninguém é vivo, estamos vivos, o está, orna muito mais com a transitoriedade que é; estar vivo! E o “nem” na versão apresentada é por minha conta e risco, estou nesse grupo, vivo demais pra estar morto e morto demais pra estar vivo, nesses casos, o estar vivo não significa ser visto, e muitas vezes é uma opção pessoal, a solidão é muito melhor do que ter que escutar lorotas e assuntos supérfluos a quem está testemunhando sua vida esvair como areia fina em mãos hirtas por ELA. Não é toda intervenção que me anima, estou recluso comigo e com meus autores prediletos, com eles, à maioria das vezes, escuto só o que me interessa.
Marcelo F cARMO
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