Lanterna 🔦
- Marcelo F Carmo
- 23 de jul. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 9 de mar. de 2022

À fé religiosa — muitas vezes — é como uma lanterna de pequeno alcance ou até mesmo uma vela. Se a luz está em ti — pra não perder a sua ou se abalar com a escuridão alheia — é melhor não se deixar abalar com a escuridão de seus “irmãos“ de fé. O melhor que há! É aproveitar sua claridade, pois não há garantias de até quando durará! A qualquer momento ela pode cessar. É muito raro não ser atingido direta ou indiretamente por algum evento que não se encaixa nos preceitos do cristianismo da prosperidade recheada de uma segura felicidade. Sei que é melhor ter à ilusão de que há um controlador que a qualquer momento uma luz acenderá e se não acender — me custa nisso acreditar — haverá uma nova chance, com luz, felicidade, prosperidade e o melhor de tudo; ausência de dor, garantidas por uma troca — em vida — de uma vida ilibada e baseada em preceitos de um amor ao próximo que não ameace à segurança da sua frágil luzinha. Luz essa de um deus parcial, aquele que abandona, ou melhor dizendo, deixa como está, pois só há abandono, quando um dia caminharam juntos — o que em minha inócua experiência não se confirmou, pois o único lado que se manifestou — Fui eu!
O absurdo é o que define a totalidade dos eventos, no presente e no futuro.
Minha vela apagou, e quem acreditava na luz aqui por perto, simplesmente evaporou, pois o importante é não se deixar abalar pela escuridão alheia. O caminho da luz é o que a muitos seduz.
Marcelo F Carmo
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