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Brincamos do que almejamos ou simplesmente brincamos?

  • Foto do escritor: Marcelo F Carmo
    Marcelo F Carmo
  • 23 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de abr. de 2021


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Hoje olhando o movimento da rua durante meu banho de sol — calma! sou prisioneiro do meu próprio corpo e segregado em casa por uma escada — observei, aqui da varanda, uma criança de aproximadamente 10 anos, brincando de bicicleta na rua, aí você dirá:”mas que coisa mais normal em uma periferia!”, só que o garoto, muito criativo, levava uma caixa de papelão com dois cordões fazendo uma mochila, parava na frente das casas; simulava uma buzina e gritava “iFood!” — sim, à criança estava brincando de motoboy do iFood. “Hã! O que isso tem de especial?” Será que essa brincadeira acontece em todas às camadas sociais do país?

Não tem nada de desmerecimento por determinada profissão! Na minha infância por exemplo; eu queria ser astronauta, bombeiro, policial do CHIPs — série de tv que retratava à rotina de dois policiais rodoviários da Califórnia em lindas motocicletas Harley Davidson —, motorista do ônibus da Viação Motta — São Paulo SP - Dourados MS —, o pessoal que era crente brincava de cultinho e queria ser pastor ou algo do gênero, brincávamos de polícia e ladrão e outras tantas que não lembro mais. A criança — geralmente — sonha aquilo que projeta como mais legal. Ser motoboy deve ser muito legal — até certa idade e em dias sem chuva —, mas como meta para garotos pobres, não é bom individualmente e tão pouco coletivamente. “Mas Marcelo, sonhar ser astronauta também é uma merda, já que o único astronauta brasileiro virou ministro do Bolsonaro!” — Concordo, parcialmente, o Marcos Pontes é realmente um lunatico! Mas quantos engenheiros, matemáticos e pesquisadores não foram construídos nesse caminho!”

Muitas e muitas funções são parte do desenvolvimento de um caráter profissional sustentável, tê-los como meta! só nivela por baixo as metas de jovens — com muito pouco estímulo à educação — das periferias e mantém no poder os herdeiros das castas superiores, que nunca deixaram o poder, ditando as regras sociais e econômicas.

Uma ingênua brincadeira que pode mostrar os rumos dos investimentos em educação de um país subdesenvolvido chamado: Brasil dos mais pobres.


Marcelo F Carmo

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