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  • Foto do escritorMarcelo F Carmo

As morteS


Não acredito mais na morte

no singular.

Hoje o plural me parece

mais fácil de acreditar.

O meu eu Quincas Berro D’água berra.

Sigo com inúmeras mortes

no currículo.

Morri:

profissionalmente,

socialmente,

politicamente

[...]

Cada dia a mais

é uma chance de morrer

uma vez mais!

Todos os dias têm sido,

à ansiada véspera

da última morte que me cabe.

A vida imita à arte ou à arte imita — ‘descreve’ — a vida?

Valem as duas hipótese!

“Pra todo mundo é assim poeta!”

Nem sempre amado leitor,

expectativas diversas

em vidas diversas.

Morre-se em, quase, todos os mundos, que um dia, se fez presente.

Em alguns vive-se um pouco mais,

enquanto estiver na lembrança

daqueles que te amaram.

Acho que este é o meu amadiano recado.


Marcelo F cARMO

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